BEM VINDO AO CLUBEDOVINYL!

Muito tempo se passou e ele continua por aí, forte como nunca. Os realmente fieis não o abandonam jamais e, enquanto respirarem, o bom e velho vinil continuará vivo.
É nosso dever manter essa tradição da boa música sempre viva.
Aos amantes do bom e velho vinil desejamos boas vindas.


Lojas de discos não são um estabelecimento comercial qualquer, mas um espaço cultural, um ponto de encontro, um centro comunitário, um laboratório de interatividade. Suprema curtição sabática, em geral matutina, mesmo em cidades à beira-mar, nelas nasceram e se forjaram muitas amizades, sensibilidades e vocações musicais. Mais que a loja de doces dos adultos, é uma catedral aural.
(Nellie McKay)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Flash Back Night

Já temos um novo encontro marcado:

Vai ser dia 6 de novembro à partir das 21:00 hs na Piscina do Junior, mais um Flash Back Night e, como não poderia de ser, com a participação do ClubeDoVinyl.

Até Lá!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Remember Night

No ultimo dia 19 de setembro foi dado o ponta-pé inicial do projeto Remember Night "Um Flash Back Diferente". Apesar de estarmos apenas no início, o resultado foi bastante satisfatório. Sentimos a falta de muita gente boa que ainda não apareceu, mas, certamente outras oportunidades virão.
A nossa proposta é tentar fazer um movimento um pouco diferente dessa onda flash back do momento, o nosso objetivo principal é basear os nossos eventos na essência dos bailes de antigamente, ou seja, “tocado no vinil”. Claro que exceções podem ocorrer, pois se tivéssemos que carregar todos os vinis que merecerem ser tocados seria uma carreta só para os discos, mas, dentro da medida do possível, vamos sempre cultuar o vinil que é base para o nosso movimento. Tenho a visão clara de que as pessoas estão curtindo esse movimento mais interessadas em se divertir e, principalmente, sem a violência que é comum em outros tipos de evento, levando para esse lado o fato da música tocada no vinil ou em cd/mp3 pouco importa (pelo menos para a maioria), mas porque não tentar proporcionar o mesmo nível divertimento e ainda manter a tradição do bom e velho vinil.
Hoje em dia, os clipes e montagens exibidos através de telões vêm se tornando um apelo forte nos bailes de flash back. Reconhecemos o valor dessa ferramenta, tanto que também estamos nos reforçando nesse sentido, porém, não podemos abandonar a base que sempre marcou os bailes que é a boa música e a descontração, nem tão pouco nos escravizar a esse movimento e sim utilizarmos como uma ferramenta que agrega mais uma qualidade ao projeto, porém, sem abandonar a essência.
No mais um abraço forte à todos e em breve estaremos divulgando as novas datas para os nossos encontros festivos.
Até!

A Verdadeira História do Freestyle

Segue Post de Sidão Master - Um texto muito interessante sobre a História do Freestyle..

Por Joey Gardner - Reproduzido com a permissão de Tommy Boy Music & Timber! Records
O que é o Freestyle? Para começar a responder esta pergunta temos que voltar para o fim da era disco após a segunda metade da década de 80. A Febre Disco foi muito popular no fim dos anos 70ao ponto de algumas radios americanas tocarem somente este estilo, mas com a decadência da Disco algumas rádios mudaram seu formato para poder melhorar sua audiência, a rádio 99X mudou para 98.7 KISS-FM (NY), e esta foi uma das mais importantes rádios espelizadas no house da época com um forte publico latino.
Em 1982, quando Afrika Bambaataa and the Soulsonic Force lançou "Planet Rock"( com os teclados de Kraftwerk ) um novo estilo tinha nascido, alguns chamaram de "hip-hop be-bop" ou breakdancing music. "Play At Your Own Risk" do Planet Patrol, "One More Shot" de C-Bank, "Numbers" do Kraftwerk, "Al-Naafiyish (The Soul)" de Hashim (essa é muito lôca) e "I.O.U." do Freeze vieram a ser grandes hit´s em Nova York. Alguns produtores copiaram as bases e fizeram musicas que eram um pouco mais melódicas. Gravações como "I Remember What You Like" de Jenny Burton, mais "Let The Music Play"(clássica) e "Give Me Tonight" de Shannon esturaram nas radios de NY. As pessoas que desenvolveram essas musicas incrivelmente dançantes eram jovens latinos, alguns porto riquenhos. Os D.J.'s que tocaram estas musicas na época, (tais como Jellybean, Tony Torres, Raul Soto. Roman Ricardo, etc.) também eram Hispanicos.
Foi em 1985 que foram descobertos tres jovens garotos de Porto Rico chamados Tony, Kayel e Aby – TKA(X Ray vision, You are the one). Kayel foi até à Tommy Boy Records, com demos rap, mas foram recusados. Quando falaram que também podia cantar, convidaram para participar em uma festa numa igreja de East Harlem. Foi onde os responsáveis pela gravadora ouviram pela primeira vez "Scars of Love," musica escrita por Kayel cantada em cima de instrumentais de rap daquela época. Quando perceberam a reação do público perceberam que algo deveria ser assinado, o contrato. Foi na mesma festa que viram também os Latin Rascals - Tony Moran e Albert Cabrera, cujos nomes já haviam sido divulgados por Arthur Baker e John Robie produções e seu D.J trabalhava na WKTU and KISS-FM. Assinaram contrato e lançaram esta musica como o primeiro single.
No mesmo tempo, Andy Panda estava trabalhando com um novo grupo de garotas que dizia-se a versão latina de the Supremes. O grupo era The Cover Girls. Ele e o Latin Rascals produziram uma demo para o grupo começaram a trabalhar com shows para o grupo. Em Agosto de 1985, um clube chamado Devil's Nest abriu suas portas no Bronx. A intençao era para ser direcionado para ser um salsa club (manja lambada?) mas o publico não respondeu e seu proprietário, Sal Abbatiello, soube que devia pensar rápido para manter o local funcionando. Depois de visitar um club em Manhattan chamado Inferno onde tinha várias apresentações de grupos latinos, ele decidiu que deveria tentar a mesma formula no Bronx. Para começar, ele precisava do D J certo, o mais popular. Ele escutou sobre um jovem Porto Riquenho que não tinha tocado em clubs por que era muito jovem, mas quando tocava em bailes de garagem um grande público o seguia. O D.J. era Little Louie Vega(remix para Information Society, Noel e etc…). Duas semanas depois descobriu Expose que, assim como Little Louie, fizeram suas mãos coçarem. A combinação de Little Louie seguido da populariade dos hit´s de Exposé "Point Of No Return" e "Exposed To Love" arrasaram. O club (Devil's Nest) ficou lotado e continuou lotado por semanas e mais semanas.
Little Louie começou tocando "Show Me" das Cover Girls e "One Way Love" de TKA em formato demo. Demos estas que se tornaram grandes sucessos de Louie antes mesmo de serem gravadas. Em Março de 1986, uma semana depois de finalizarem "One Way Love," TKA se apresentarm no Devil's Nest. O club estava cheio de garotos esperando para ver quem cantava a musica que eles tinham ouvido (e dançado) no club por semansa. Quando TKA entrou no palco, o p´´ublico veio abaixo. O show não foi tão bom assim (Segundo o autor deste texto), mas o público adorou, o show se repetiu duas vezes na mesma noite!
O mesmo aconteceu com Cover Girls no seu primeiro show no Devil's Nest. Caroline Jackson, Sunshine Wright e a então vocal pricipal Angel Sabater fizeram uma apresentação nervosa (de nervosismo mesmo!) de "Show Me". Na introdução da musica, as pessoas ficavam gritando e se empurrando em frente ao palco para ficarem mais perto das Cover Girls. Qunado a musica acabou, todos continuavam cantando em coro a letra da musica.. Para o publico do Devil's Nest, elas eram os the Supremes -. Mas não foi no Devil's Nest que foi rotulado o Freestyle, mas foi lá que ele nasceu.
No inverno de 1986, o Freestyle explodiu nos clubs de New York. Nas radios de New York nada acontecia, somente algumas excesses como a HOT 105 em Miami, e Power 106 em Los Angeles, que tocaram os primeiros sigles de TKA, Nayobe, e Expose, os diretores das outras rádios ignoravam o Freestyle.
Power 106 (KPWR) e Hot 105 (WQHT) foram pioneiras em um novo tipo de programação especializadas em dance music. O publico alvo da Power 106 e Hot 105 era os latinos que falavam ingles nestas cidades (Flórida e Miami). O sucesso destas radios chamou a atenção das radios de NY e a rádio WKTU foi uma das primeiras a tocar três anos depois. Em 13 de Agosto de 1986, WAPW, mudou suas letras para WQHT e mudou o formato de sua programação para ficar igual à sua irmão em L.A. (Power 106). WQHT (Hot 103) começou a tocar musicas de TKA, Sweet Sensation, e Expose na mesma frequencia que Pop superstars como Michael Jackson e Madonna. Freestyle tracks como TKA's "One Way Love" e Sweet Sensation's "Hooked On You" receberam vida nova e o sucesso destas faixas bem como a regravação de "Show Me" das Cover Girls ajudaram para que o Freestyle tivessem o alcance de todo o país dos EUA.
Com o descobrimento das primeiras musicas do freestyle, começaram a regravar seus primeiros singles. No outono de 1986, Sweet Sensation gravou "Victim of Love" e TKA gravou "Come Get My Love," soando um pouco masi dance do que "One Way Love." Começou a surgir o Freestyle como conheçemos e gravações pruduzidas por Mickey Garcia e Elvin Molina que foram feitas no fim de 1986 e começo de 1987, incluindo "I Won't Stop Loving You" de C-Bank e o single de Judy Torres "Come Into My Arms." Novos clubs surgiram como o chamado Heartthrob, que convenceram Litle Louie a trabalhar para eles, e o club 1018, que aumetaram em muito a demanda por Freestyle e os grupos chegavam a se apresentar nos dois ao mesmo tempo.l

The Cover Girls lançou o seu terceiro single "Because Of You", produzido por Louie Vega e Robert Clivilles escrito por David Cole, que vieram a se tornarem megaprodutores com o C&C Music Factory, e se tornou a musica favorita por todos. Estreiou em 24 na parada pop e foi top 10 na parada Danceno outono de 1987 e seu álbum ganhou o disco de ouro.
"Like A Child" foi o Segundo sigle de Noel pesar de seu álbum chamar "Silent Morning", seu primeiro hit aqui no brasil. Joyce Simms, que não era hispanica, gravou o primeiro freestyle que arrebentou na Europa "(You Are My) All and All", tornando o freestyle a musica dance do fim dos anos 80

Corina começou sua carreira de sucesso no Freestyle com a musica "Out of Control," neste período muitos artistas desenvolveram seu próprio estilo e sons originalmente produzido pelos mesmos produtores de outras musicas conhecidas, no fim de 1987 e no começo de 1988, grandes selos e gravadoras pelaram para o Freestyle, Sa-Fire assinou com a Mercury, Sweet Sensation e Corina com a Atco, Cover Girls com a Capitol, e TKA's com a Tommy Boy, distribuído pela Warner Bros.
Enquanto isso no Sul da Flórida, o "Miami sound"(originalmente o nome do freestyle de miami) foi também chamando a atenção de grandes gravadoras. Company B, Stevie B, Linear, Will to Power, e Exposé definiram esta formula. Algumas gravadoras confundiram o New York Freestyle e Miami Freestyle, achando que eles tinham a mesma audiência. Sua estratégia promocional era igual para os dois gêneros, ocasionando resultados desastrosos para o New York-Freestyle, com letras pessimistas, amores impossíveis e etc....
Gravações vindas de Miami tenderam a serem mais otimistas, com notas maiores se aproximando do dance que viria após.Alguns artistas de Miami como o Stevie B, depois de fazer um dos primeiros shows em NY, viu a difernça e começou a usar a batida Miami combinada com o New York Freestyle, obtendo maior sucesso.

No outono de 1988 Cynthia, nascida em East Harlem em Nova York, gravou seu primeiro single de sucesso, "Change On Me." Foi o primerio de grandes sucessos que a colocou como grande ícone de vendas como cantora no freestyle e a mais popular entre os artistas femininos.
Ouro artista que fez sua estreia de forma impressionante foi Coro com "Where Are You Tonight." Coro, que trabalhara com Stevie B. na Florida, mudou-se para Nova York e assinou com a Cutting Records. Desconsiderando o tempo que trabalhou em Miami, a inflência em sua musica foi definitivamente Nova York. O sucesso de "Where Are You Tonight" colocou-o em posição para assinar com uma grande gravadora, a Virgin, que colocou em seu elenco o primeiro artista de Freestyle de uma gravadora independente.
Tony Moran quebrou sua longa parceria nos The Latin Rascals para graver um album para Cutting Records para mostrar sua produção de talento chamada "Concept Of One." O album teve participação de artistas familiars como Noel e Brenda K. Starr bem como alguns novos nomes. Foram feitas tambem duas musicas com Tony nos vocais. Uma dessas musicas, "Dance With Me," veio a ser seu primeiro hit como artista solo.

Cynthia também retornou no verão de 1989 com "Dreamboy/Dreamgirl," um dueto com Johnny 0. A musica se tornou um single de grande venda para os dois artistas. Pajama Party, sim ou grupo com tres membros, Grupo de freestyle latino e feminino, teve um dos maiores sucessos do Freestyle do verão com "Yo No Se." Ironicamente, foi o primeiro e único freestyle hit até aquele momento com o título completamente em espanhol.

Deixando de lado todos os numerosos hits desse verão, vemos que nessa época começou a se desenhar o inicio da queda do Freestyle. House music e rap estavam ganhando popularidade e começando a encontrar espaços nas rádios. Artistas hispânicos foram sendo substituídos gradualmente pelo novo Dance/Pop e R&B como Paula Abdul, Milli Vanilli, Bobby Brown e New Kids On The Block, todos eles tinham exposições massissa na MTV. O sucesso desses grupos deram um empurrão nos artistas de freestyle em sua descida em popularidade.
Nesta época a maioria das radios já não tocavam mais o freestyle, o produtores procuram novos talentos em bairros hispânicos e já não achavam pessoas que pudessem manter o publico nos clubs do estilo, as gravações que se sucederam eram de qualidade medonha e as poucas rádios que ainda tinham o freestyle em seu playlist trataram de banilo.
Issso abalou seriamente os artistas já consagrados do freestyle. Artistas como TKA, Sa-Fire, Sweet Sensation e Cover Girls, abandoram o freestyle e sentiram a nescessidade de tantar reproduzir o que estava tocando na época para tentar tornarem- se em novos “megastar”. Todos eles lançaram singles em 1990 mas não encontraram nova audiência, pelo contrário perderam a sua já grande audiência. Todos eles não conseguiram encontrar novos caminhos nem para si nem para o freestyle

Mas um deles conseguiu fazer sucesso misturando loops de hip hop em uma batida Freestyle, foi Lissette Melendez de East Harlem. "Together Forever" foi definida como "new school" do Freestyle. A faixa era exatamento o que o Freestyle precisava: um novo som sem abandonar os elementos que faziam parte da mudica Freestyle.A gravação do single inspirou produtores de Freestyle a experimentar e tentar novas idéias. Mas, o resultado gerou somente imitações sem qualidade e nada que pudesse ser comparado a "Together Forever."
Os artistas da velha guarda retornarm após um longo tempo for a da cena musical. Noel chamou atenção como album Concept of One resultando em seu primeiro single de sucesso após três anos com "The Question." The Cover Girls gravou dois singles "Don't Stop Now" e "Funk Boutique." Os produtores de Corina juntaram-se com os produtores de "Together Forever" - Carlos Berrios – e apareceram com um single que bateu a Billboard Hot 100. "Temptation" teve um som parecido com "Together" mas era do compositor Frank Reyes que ajudou na gravação de várias imitações de Lissette Melendez. O freestyle começava a reviver e a rever seus conceitos

Como 1992 chegou ao fim, veio também o fim da era Freestyle . Como a era Disco nos anos setenta, o Freestyle nunca realmente morreu. Gravações Freestyle continuam a ser lançadas, exatamente como as graçaões dance fluem para diferentes formas. Mas os dias do Devil's Nest, Heartthrob, 1018 se foram. Disco e Freestyle reproduziram um certo sentimento que refletia dos dias de sua glória. Eles produziram suas próprias estrelas, suas próprias danças, suas próprias modas. Muitos deles produziram musicas que trazem devolta grandes lembranças de nossas memomorias que tiveram a experiência de ouvir estas musicas. Note: No momento em que foi escrito este texto, George Lamond, Corina, Sa-Fire, Cynthia ,e the Cover Girls estão gravando material novo para serem lançados por gravadoras novas. Lissette Melendez continua a graver para a RAL/Columbia. .Kayel dos TKA gravou seu primeiro album solo "Swing Batta Swing" com o nome de K7 e recebeu seu primeiro disco de ouro.

Homenagem - 20ª Festa dos Amigos - Família Canella

MARVIN GAYE

Marvin Gaye (Washington, 2 de abril de 1939 — Los Angeles, 1 de abril de 1984), nascido Marvin Pentz Gay, Jr., foi um cantor popular de soul e R&B, arranjador, multi-instrumentista, compositor e produtor. Ganhou fama internacional durante os anos 60 e 70 como um artista da gravadora Motown.
O início da carreira do cantor foi em 1961, na Motown, onde Gaye rapidamente se tornaria o principal cantor da gravadora e emplacaria numerosos sucessos durante os anos sessenta, entre eles "Stubborn Kind of Fellow", "How Sweet It Is (To Be Loved By You)", "I Heard It Through the Grapevine" e vários duetos com Tammi Terrell, incluindo "Ain't No Mountain High Enough" e "You're All I Need to Get By", antes de mudar sua própria forma de se expressar musicalmente. Gaye é importante por sua luta por produzir seus sucessos, mas criativamente restritivo - no processo de gravação da Motown, intérpretes, compositores e produtores eram geralmente mantidos em áreas separadas.
Com seu bem-sucedido álbum What's Going On, de 1971, e outros lançamentos subsequentes - includindo Trouble Man, de 1972, e Let's Get It On, de 1973, Gaye, que vez ou outra compunha canções para artistas da Motown no início da sua carreira, provou também que poderia tanto escrever quanto produzir seus próprios discos sem ter de confiar no sistema da Motown. Ele é também conhecido por seu ambientalismo, talvez mais evidente na canção "Mercy Mercy Me (The Ecology)".
Durante os anos setenta, Gaye lançaria outros notáveis álbuns, includindo Let's Get It On e I Want You, além de ter emplacado vários sucessos, como "Let's Get It On" e "Got to Give It Up". Já no começo dos anos oitenta, seria a vez do hit "Sexual Healing", que lhe rendeu - antes de sua morte - dois prêmios Grammy. Até o momento de ser assassinado pelo seu pai, em 1984, Gaye tinha se tornado um dos mais influentes artistas da cena soul. Em 1996, Gaye foi homenageado na 38º cerimônia do Grammy Awards.
A carreira de Marvin tem sido descrita como uma das que "abarcam toda a história do R&B, do doo-wop dos anos cinquenta ao soul contemporâneo dos anos oitenta."[2] Críticos têm também afirmado que a produção musical de Gaye "significou o desenvolvimento da black music a partir do rhythm'n blues, através de um sofisticado soul de consciência política nos anos setenta e de uma abordagem maior em assuntos de cunho pessoal e sexual.
Marvin Gaye nasceu no Freedman's Hospital, em Washington, D.C.. Ele foi o primeiro filho e o segundo mais velho de quatro filhos do pastor evangélico Marvin Pentz Gaye Sr. e da professor/dona-de-casa Alberta Cooper. Com as irmãs Jeanne e Zeola e o irmão mais novo Frankie, viviam na zona segregada da capital norte-americana, no bairro da Deanwood (nordeste da cidade). Ainda novo, ele era carregador de tacos de golfe no Norbeck Country Club, em Olney, Maryland. O pai de Gaye pregava com pastor na Igreja Adventista do Sétimo Dia chamada House of God (a "Casa de Deus"), que tinha um rigoroso código de conduta misturado a ensinamentos do judaísmo ortodoxo e pentecostalismo. Crescendo na igreja de seu pai, Marvin começou a cantar desde cedo no coral - aos 3 anos - e a tocar instrumentos. A música era uma espécie de válvula de escape para o jovem, que durante toda a infância costumava apanhar do pai diariamente. Durante o tempo em que esteve na high school, Marvin começou a ouvir doo-wop e ingressou no DC Tones como um baterista.[5] Após abandonar a Cardozo High School, Gaye alistou-se na Força Aérea dos Estados Unidos. Após o fingimento de uma doença mental,[6] ele foi dispensado por ter se recusado a seguir ordens.
Após abandonar as Forças Aéreas em 1957, Gaye começou sua carreira musical em vários grupos doo wop, fixando-se em um popular grupo de Washington DC, chamado The Marquees. Com Bo Diddley, os Marquees lançaram o single "Wyatt Earp" em 1957 pela gravadora Okeh e foram então contratados por Harvey Fuqua para o grupo The Moonglows. "Mama Loocie", lançada em 1959 pela gravadora Chess, foi o primeiro e único single de Gaye com os Moonglows. Junto com os Moonglows, Gaye assimilou várias técnicas, utilizadas posteriormente, nos álbuns que produziria. E foi com ajuda dessa banda que ele foi apresentado a empresários da cena musical. Depois de um concerto em Detroit, o "novo" Moonglows foi dissolvido e Fuqua apresentou Gaye a Berry Gordy, presidente da Motown Records. Ele contratou Gaye primeiramente como baterista de estúdio, para tocar para grupos como The Miracles, The Contours, Martha and the Vandellas, The Marvelettes, entre outros. Gaye tocou bateria para as Marvelettes na canção "Please Mr. Postman", em 1961, e para a versão ao vivo de Little Stevie Wonder para a canção "Fingertips Pt. 2", de 1963. Ambas canções alcançaram o primeiro lugar na parada norte-americana da Billboard.
Depois de iniciar sua carreira na Motown, Gaye mudou seu nome de Marvin Gay para Marvin Gaye, acrescentando o '"e"' para se separar do nome de seu pai, para encerrar os boatos em curso em torno de sua sexualidade e ainda para imitar seu ídolo, Sam Cooke, que havia também acrescentado um 'e' ao seu sobrenome.[8] Gaye desejava gravar para a Motown, mas Berry Gordy tinha receio quanto ao cantor, devido ao fato de que Gaye não costumava seguir as ordens sobre as quais a gravadora queria que ele cumprisse. De acordo com um documentário do canal de televisão VH1, a namorada de Marvin - e irmã de Berry -, Anna Berry Gordy, convenceu o irmão a assinar com Gaye. Berry concordou em deixar que Marvin gravasse versões pop-contemporâneas de baladas românticas baseadas no jazz.
Popular e querido dentro da Motown, Gaye já carregava com ele uma maneira sofisticada e cavalheiresca e tinha pouca necessidade de treinamento no setor de desenvolvimento artístico da gravadora - embora tenha seguido o conselho do diretor dessa divisão, Maxine Powell, de não cantar de olhos fechados, para não parecer que tinha adormecido". Em junho de 1961, foi lançado a primeira gravação solo de Gaye, The Soulful Moods of Marvin Gaye. Foi o segundo LP lançado pela Motown - o primeiro foi o Hi… We're The Miracles, o primeiro disco dos Miracles. Apesar das faixas "How Deep Is the Ocean?" e "How High the Moon" terem sido elogiadas pela crítica pela profundidade das harmonias e melodias, o álbum de Gaye fracassou e nem chegou às paradas norte-americanas. Marvin ainda tinha dificuldades em descobrir seu jeito próprio de cantar, que ele desejava que fosse o mais próximo de Nat King Cole, um dos ícones do jazz, estilo que predomina no primeiro disco solo de Marvin. A Motown queria que o cantor se direcionasse para melodias da soul music, mais populares e atraentes no mercado fonográfico.
Depois de discutir sobre a direção de sua carreira com Berry Gordy, Gaye - relutante - concordou em gravar mais canções de R&B de seus colegas de gravadora e outros três novos escritos pelo próprio Gordy. Seu primeiro single lançado, "Let Your Conscience Be Your Guide", construída sobre uma vibração de Ray Charles, fracassou nas paradas - tendo o mesmo ocorrido com as canções "Sandman" e "A Soldier's Plea", todas de 1962. Ironicamente, Gaye encontraria o sucesso primeiramente como compositor da canção "Beechwood 4-5789", gravada pelas Marvelettes em 1962. Finalmente naquele mesmo ano, o single "Stubborn Kind of Fellow" rendeu algum sucesso e chegou ao Top 10 R&B dos Estados Unidos. Co-escrita por Gaye e produzida pelo amigo William "Mickey" Stevenson, a gravação contou com a participação das recém-contratadas Martha and the Vandellas (então conhecidas como The Vells) e foi uma espécie de desabafo autobiográfico sobre o comportamento indiferente e deprimido de Gaye. Na sequência de "Stubborn Kind of Fellow" vieram, em 1963, outros três singles: as dançantes "Hitch Hike" e "Can I Get a Witness", que chegaram ao Top 30 Pop da Billboard, e a balada romântica "Pride and Joy", primeira canção de Gaye a chegar ao Top 10 Pop.
Apesar do cantor começar a encontrar o caminho do sucesso, Marvin ainda brigava com a Motown para ser um cantor de baladas românticas e sofisticadas, diferentemente da linha da gravadora que esperava de seus artistas os grandes hits. Batalhas entre a opção artística de Marvin e a demanda por produtos comerciais da Motown seriam frequentes ao longo dos anos e marcariam o relacionamento entre o cantor e a gravadora, já que as insistentes cobranças do selo por um trabalho mais comercial eram incompatíveis com as ambições artísticas de Gaye.
O sucesso continuaria em 1964 com os singles "You Are a Wonderful One" (que contou com o trabalho vocal de fundo do grupo The Supremes), "Try It Baby" (que contou com vocais de fundo do grupo The Temptations), "Baby Don't You Do It" e "How Sweet It Is (To Be Loved By You)", que tornou-se sua primeira composição de sucesso. Durante este fase inicial de sucesso, Gaye ainda contribuiu com o grupo Martha and the Vandellas, sendo autor da letra do hit "Dancing in the Street", sucesso naquele mesmo ano. Gaye também conseguiu figurar nas paradas com o álbum Together, um disco de duetos com a cantora Mary Wells. A dupla emplacou os singles "Once Upon a Time" e "What's the Matter With You, Baby?". Como artista solo, Gaye continuou a desfrutar de um grande sucesso e seu LP Moods of Marvin Gaye, de 1966, do qual participou Smokey Robinson, colocou os singles "I'll Be Doggone" e "Ain't That Peculiar" tanto o Top 10 Pop da Billboard quanto no topo - pela primeira vez na carreira do cantor - da parada R&B norte-americana. Com Kim Weston, sua segunda parceria de dueto, foi lançado "It Takes Two", canção que chegou ao Top 20 Pop e ao quarto lugar na lista de R&B da Billboard. Marvin Gaye se estabelecia como um dos principais artistas na era dos duos. Seu sucesso como cantor solo também lhe concedeu o status de ídolo da juventude, assim como ele se tornou um dos artistas prediletos nos principais shows adolescentes - entre os quais, American Coreto, Shindig!,Hullaballoo e The Mike Douglas Show. Ele também se tornou um dos poucos artistas da Motown a se apresentar no Copacabana - e um álbum seu gravado na casa demoraria três décadas para ser lançado.
Uma série dos sucessos de Gaye pela Motown foram duetos com artistas femininas, tais como Mary Wells e Kim Weston. O primeiro LP do cantor a aparecer nas listas da Billboard foi o Together, de 1964, disco de duetos com Wells. No entanto, a parceira mais popular e memorável de Marvin foi Tammi Terrell. Gaye e Terrell tinham um bom relacionamento e o álbum de estréia da dupla, United, lançado em 1967, gerou uma série de sucessos, como "Ain't No Mountain High Enough", "Your Precious Love", "If I Could Build My Whole World Around You" e "If This World Were Mine".
A dupla de compositores Nickolas Ashford e Valerie Simpson, que eram também casados, forneceu as letras e a produção para as gravações de Gaye/Terrell. Enquanto Gaye e Terrell não formavam um casal de namorados - embora rumores persistam de que eles podem ter tido um caso anteriormente -, eles atuavam como verdadeiros amantes nas gravações. De fato, Gaye às vezes declarava que pela duração das canções ele estava apaixonado por ela. Mas ainda naquele ano, o sucesso da parceria foi tragicamente encurtado. Em 14 de outubro, Terrell desmaiou nos braços de Gaye, enquanto eles se apresentavam no Hampton Institute (hoje Hampton Universit), em Hampton, Virginia. Era o primeiro sintoma de um tumor cerebral, diagnosticado em exames realizados posteriormente, e que continuaria a debilitar a saúde de Tammi.
A Motown decidiu tentar e continuar as gravações da dupla Gaye/Terrell. Em 1968, a gravadora lançou You're All I Need, o segundo LP da dupla, que se destacou pelos sucessos de "Ain't Nothing Like the Real Thing" e "You're All I Need to Get By". No ano seguinte foi lançado Easy, o último álbum da dupla. A deterioração da saúde de Terrell a impediu de concluir as gravações de estúdio e a maior parte dos vocais femininos teriam sido gravados por Valerie Simpson. Duas faixas do LP eram canções arquivadas da carreira solo de Terrell e foram mixadas com a voz de Gaye.
A doença de Tammi Terrell deixou Gaye em profunda depressão; quando sua canção "I Heard It Through the Grapevine" (inicialmente gravada em 1967 por Gladys Knight & The Pips) chegou ao primeiro lugar da principal lista da Billboard - além de ter também sido o single mais vendido da história da Motown, com quatro milhões de cópias -, ele se recusou a reconhecer seu sucesso, sentindo que ele era imerecido. O trabalho com o produtor Norman Whitfield, que havia produzido "Grapevine", resultou em outros dois sucessos similares: "Too Busy Thinking About My Baby" e "That's the Way Love Is". Entretanto, o casamento de Gaye estava ruindo e ele continuava a sentir que seu trabalho artístico era completamente irrelevante. Frente às transformações sociais que chacoalhavam os Estados Unidos naquele período.
Ao mesmo tempo que Marvin cantava interminavelmente sobre o amor, a música popular norte-americana passava por uma grande revolução, abordando em suas letras as questões sociais e políticas daqueles anos. Desejando ter independência criativa, Marvin foi liberado pela Motown para produzir as gravações de estúdio das bandas The Originals, cujo resultado apareceu nos hits "Baby I'm For Real" e "The Bells".
Em 16 de março de 1970, Tammi Terrell morreu em decorrência do tumor cerebral e deixou Marvin devastado. Durante o funeral da parceira, Marvin estava tão sensível que ele conversava com o corpo de Tammi como que esperando por uma resposta dela. Imediatamente, Gaye mergulhou em um auto-isolamento e ficou sem se apresentar ao vivo por quase dois anos. Gaye contou a amigos que havia pensado em deixar a carreira musical, à ponto até de tentar ingressar no futebol americano e jogar no Detroit Lions (onde ele encontrou os colegas Mel Farr e Lem Barney), mas depois de seu sucesso produzindo os Originals, Gaye estava confiante em criar sua própria gravadora. Como resultado disso, ele entrou nos estúdios em 1 de junho de 1970 para gravar as canções "What's Going On", "God is Love", "Sad Tomorrows" - uma versão inicial da canção "Flying High (In the Friendly Sky)". Gaye queria lançar "What's Going On" como single, mas Berry Gordy recusou-se, alegando que a canção não era viável comercialmente. Gaye recusou-se a gravar qualquer outra canção até que o presidente da Motown cedesse, o que ocorreria em janeiro de 1971. O sucesso do single surpreendeu Gordy, que requisitou um álbum com canções similares.
O álbum What's Going On tornou-se um dos mais importantes da carreira de Gaye e é até hoje seu trabalho mais conhecido. Tanto em termos de som (influenciada pelo funk e pelo jazz) e de conteúdo das letras (fortemente espiritual), o álbum representou uma aproximação com seus trabalhos iniciais na Motown. Além da faixa-título, "Mercy Mercy Me" e "Inner City Blues (Make Me Wanna Holler)" atingiram o Top 10 Pop Hits e o primeiro lugar da lista R&B da Billboard. Considerado como um dos mais notáveis discos da história da soul music norte-americana, o álbum conceitual de Gaye foi um divisor de águas para esse gênero musical. Ele já foi chamado de "a mais importante e apaixonada gravação já lançada da música soul, entregue por uma de suas melhores vozes".
Com o sucesso do álbum What's Going On, a Motown renegociou um novo contrato com Marvin que permitiu a ele o controle artístico de seu trabalho, no valor de US$1 milhão, fazendo do cantor o mais bem pago artista negro da história da música. Além disso, Gaye ajudou a libertar o trabalho criativo de outros artistas da Motown, entre os quais Stevie Wonder. Ainda naquela época, Marvin mudou-se de Detroit para Los Angeles em 1972 após receber uma proposta para escrever a trilha-sonora para um filme blaxploitation. Escrevendo as letras, criando os arranjos e produzindo o LP para o filme Trouble Man, Marvin lançou o álbum e a canção homônimas, que atingiram o Top 10 Pop da Billboard em 1973. Depois de passar por um período complicado quanto aos rumos de sua carreira, Marvin decidiu mudar o conceito lírico das composições. O LP Let’s Get it On trazia uma temática menos social e mais pessoal da vida de Marvin. Conflitos com o pai, dúvidas existenciais e questões sobre a vida particular do compositor fazem parte do álbum. O LP foi um dos trabalhos mais bem sucedidos de sua carreira e o seu maior sucesso de vendas, superando What's Going On. A faixa-título chegou ao topo da parada pop da Billboard e bateu o recorde de vendagens da Motown, que pertencia ao próprio Marvin com "I Heard It Through the Grapevine". Outros destaques do LP foram as canções "Come Get to This", "You Sure Love to Ball" e "Distant Lover".
Gaye começou a trabalhar naquele que seria seu último álbum dueto, desta vez com Diana Ross. O projeto do LP Diana & Marvin teve início em 1972, mas houve atrasos no andamento do álbum. Com Diana grávida pela segunda vez, Gaye recusava-se a cantar se ele não pudesse fumar no estúdio. Então, os dois realizaram as gravações em dias separados. Lançado no segundo semestre de 1973, o álbum rendeu vários sucessos, entre os quais "You're a Special Part of Me", "My Mistake (Was to Love You)" e as versões para "You Are Everything" e "Stop, Look, Listen (To Your Heart)", ambas hits do grupo The Stylistics.
Em 1975, Gaye começou a pensar em seu próximo disco solo, mas o divórcio com Anna Gordy tomou boa parte do seu tempo. O fim do casamento levou Gaye a várias audiências nos tribunais. O disco I Want You foi finalizado somente no ano seguinte. O álbum levou a faixa-título I Want You ao topo da parada R&B da Billboard.

Em 1977, a Motown lançou o single de "Got to Give It Up", que se tornou primeiro lugar nas lista Pop, R&B e Dance da Billboard, e o LP ao vivo Live at the London Palladium, álbum que vendeu em torno de duas milhões de cópias - se tornando um dos mais vendidos daquele ano. No ano seguinte, finalmente Gaye consegue se divorciar de sua primeira esposa Anna. Como resultado do acordo judicial, Gaye foi ordenado a pagar pensão alimentícia - ele concordou em ceder parte de seu salário e das vendas do seu álbum seguinte para pagar essa pensão. O resultado foi o LP duplo Here, My Dear, que explorou o relacionamento do casal em detalhes tão íntimos que quase levou Anna a processá-lo por invasão de privacidade, mas ela desistiu dessa decisão. O LP fracassou nas listas de sucesso e Gaye se esforçou para vender o disco. Em 1979, Gaye se casou pela segunda vez, agora com Janis Hunter, com quem teve dois filhos, Frankie e Nona), e começou a trabalhar em um novo álbum, Lover Man. Mas o projeto foi abortado depois do fracasso do single "Ego Tripping Out". Reclamando de problemas com impostos e de vício em drogas, Gaye pediu falência e se mudou para o Hawaii, onde ele vivia em um furgão.
Em 1980, ele assinou com o promotor britânico Jeffrey Kruger para realizar concertos no Reino Unido. Mas Gaye não conseguiu chegar em tempo ao palco. Quando ele chegou, todos já haviam deixado o concerto. Em Londres, Marvin trabalhou no LP In Our Lifetime?, uma complexa e profunda gravação pessoal. Quando a Motown lançou o disco em 1981, Gaye ficou lívido: ele acusou a gravadora de editar e remixar o álbum sem seu consentimento, lançando uma canção inacabada, "Far Cry", alterando a arte do LP que ele requisitara e removendo o ponto de interrogação do título (dessa forma, alterando sua conotação irônica).
Depois de oferecida uma nova chance em Ostend, Bélgica, Marvin mudou-se para lá ainda em 1981. Ainda perturbado pela decisão precipitada da Motown em lançar In Our Lifetime, ele negociou sua saída da gravadora e assinou com a Columbia Records no ano seguinte, onde lançou Midnight Love. O disco incluía o grande sucesso "Sexual Healing", que lhe rendeu seus primeiros dois prêmios Grammy (de Melhor Performance R&B Masculina e Melhor R&B Instrumental), em fevereiro de 1983. Ele também seria indicado aos mesmos prêmios no ano seguinte pelo LP Midnight Love. Também em fevereiro de 1983, Gaye fez uma apresentação memorável no All-Star Game da NBA, interpretando o Hino Nacional dos Estados Unidos. No mês seguinte, ele fez sua última apresentação para seu antigo mentor no concerto Motown 25, apresentando What's Going On. Depois, ele embarcou em uma turnê pelos EUA divulgando seu recente trabalho. Terminada a turnê, em agosto de 1983, ele estava atormentado por problemas de saúde - ele teve acessos de depressão e medo em torno de uma suposta tentativa de lhe tirarem a vida.
Quando a turnê foi encerrada, ele se isolou e se mudou para a casa de seus pais. Ele ameaçou cometer suicídio diversas vezes, depois de numerosas e amargas brigas com seu pai, o pastor evangélico Marvin Pentz Gay Sr. Em 1 de abril de 1984, um dia antes de completar seu 45º aniversário, Marvin foi assassinado com um tiro por seu próprio pai, após uma briga iniciada quando os pais de Gaye discutiam sobre a perda de documentos de negócios. A ironia é que Gaye foi morto por uma arma que ele próprio havia dado de presente para seu pai. Marvin Pentz Sr. foi condenado a seis anos de prisão, após ser declarado culpado por homicídio. A acusação de assassinato foi abandonada após médicos descobrirem que ele estava com um tumor cerebral. Marvin Pentz Sr passou o final de sua vida em um asilo, onde morreria de pneumonia em 1998.
Após alguns lançamentos póstumos, que fortaleceram a memória de Marvin na consciência popular, o cantor foi introduzido ao Rock and Roll Hall of Fame em 1987. Mais tarde, também ao Hollywood's Rock Walk e, em 1990, ganharia uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood.

Fonte: WikiPédia