Sistema foi lançado em 1930 para tornar
as viagens solitárias menos entediantes
De acordo com o site Jalopnik Brasil, o primeiro rádio para automóveis foi o Motorola 5T71, lançado em 1930 pela Galvin Manufacturing Company. A ideia era tornar as viagens solitárias de carro menos entediantes. O nome veio da junção de motor (em alusão aos carros) e o sufixo "ola", na época associado a sistemas de áudio como “radiola”. Era apenas um rádio AM valvulado, com um pequeno DIAL para ser preso à coluna de direção e um alto-falante com caixa de madeira.
A década de 1950 revolucionou o som automotivo e o modelou como o conhecemos hoje. A primeira das revoluções foi o rádio FM, lançado pela Blaupunkt em 1952. Em 1955 a Chrysler lançou o primeiro sistema a usar uma mídia externa. Não eram fitas nem cartuchos, mas sim um tocador de discos de vinil. Batizado de Highway Hi-Fi, ele era, resumidamente, uma vitrola que funcionava em rotações mais baixas e tinha o braço da agulha reprojetado e balanceado para não riscar os discos nem pular músicas nas irregularidades do piso. O maior problema, contudo, era a fragilidade decorrente da complexidade do mecanismo, e por isso a Chrysler tirou o sistema de catálogo em 1959.
Os alemães da Becker voltaram a inovar e, em 1963, lançaram o Monte Carlo, o primeiro rádio automotivo totalmente transistorizado. Em 1965 Ford e Motorola se uniram para produzir um sistema mais simples baseado em mídias externas. Neste caso, um cartucho de fita magnética com oito pistas (o chamado eight-track nos EUA).
Fitas cassete
A grande inovação da década de 1970 não foi tecnológica, e sim cultural. As fitas cassete já eram bastante utilizadas em gravadores domésticos e profissionais quando alguém pensou em criar um rádio automotivo capaz de reproduzi-las. Os cassetes eram mais práticos de armazenar e tinham mais qualidade que os cartuchos, mas a principal vantagem era que você poderia gravar a fita com as músicas que mais gostasse. Surgiu assim a cultura da “mixtape“, que marcou as décadas seguintes, e perdura até hoje com pen-drives e cartões de memória no lugar das fitas.
CD's
Os tocadores de CD continuaram firmes e fortes até a primeira metade da década, mas começaram a ficar defasados quando passamos a ter playlists imensas com centenas de mp3 em nossos computadores. De repente a praticidade dos arquivos digitais fez com que carregar dezenas de discos no carro parecesse algo antiquado demais, e logo entraram em cena os rádios com leitor de arquivos mp3, slots de cartão SD e portas USB.
Porém, a inovação mais importante da década foi, sem dúvida, a integração com um novo gadget que se tornaria o player de mp3 mais bem-sucedido da história, o iPod. Se a fita matou o cartucho, e o CD matou a fita cassete, podemos dizer que o iPod matou todo e qualquer tipo de mídia física, e foi o primeiro passo para a integração de sistemas que ocorreria na década seguinte.
Depois de 50 anos capturando sinais de rádio, gravando fitas e CDs e depois transferindo arquivos digitais para discos removíveis, estamos diante de uma nova revolução do som automotivo. Aliás, este termo também parece já fazer parte do passado, substituído pelo entretenimento de bordo. Nesta nova década surgiram os primeiros media receivers, que dispensam os leitores ópticos e trabalham apenas com a chamada “nuvem”: entre no carro e seu smartphone é automaticamente pareado pelo bluetooth com o “rádio”, que identifica seus aplicativos, suas músicas, seus contatos, permitindo que tudo seja controlado e operado por uma tela no painel.
Com a abertura das importações novos carros trouxeram novas tecnologias. E quase na virada do século, em 1998, uma pequena empresa britânica chamada Empeg desenvolveu um rádio eletrônico dotado de discos rígidos para armazenar e reproduzir um formato de áudio que estava começando a se popularizar: o mp3.
Fonte:GAZETA DO POVO
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