As gravadoras são organizações complexas com inúmeros departamentos e profissionais que atuam para produzir e lançar novas músicas. Para isso acontecer as gravadoras necessitam descobrir novos artistas, produzir, gravar e mixar, administrar contratos e questões jurídicas além de vendas, publicidade e promoção.
A segmentação de mercado para o consumo de música é muito variado e por isso existe a necessidade de ramificar os segmentos em categorias menores para possam trabalhar de forma muito mais focada nesses segmentos, sendo assim, que surgem os Selos, que são escritórios e departamentos menores focados em uma segmentação musical.
Cada selo tem seus profissionais como produtores, caça-talentos e diretores focados na segmentação de seu público.
Os selos eram mais conhecidos quando a música era consumida a partir de mídias físicas, onde essas etiquetas vinham estampadas no centro do disco de vinil, assim como na capa, encartes e todo material de divulgação.
Esses selos normalmente estão ligados a grandes conglomerados, como Universal, Warner e Sony, que ditam ou ditavam o mercado fonográfico.
Um selo independente é aquele que tem maior parte de seu capital próprio, sem interferência destas grandes multinacionais. O sonho do artista ter o seu próprio selo passa pelas vantagens de poder escolher o seu próprio repertório, sem a influência dos executivos da gravadora; de realizar a gravação de seu material em seu próprio tempo, sem ter que cumprir um contato com metas; produzir o próprio material como bem entender e divulgar da forma que achar melhor.
Tim Maia teve o seu próprio selo nos anos 70 o SEROMA e lançou grandes álbuns com excelentes músicas, mas sem o mesmo sucesso comercial de quando estava na Polydor.
Principais selos:
Universal
- A&M Records
- Geffen Records
- Interscope Records
- Polydor
- Polygram
EMI Music
- EMI Records
- G-Unit Records
- Virgin Records
- Mercury Records
- Capitol Records
- Capitol Nashville
Walt Disney Records
- Hollywood Records
- Big Machine Records
- Republic Records
- Natasha Records
The Island Def Jam Music Group
- Def Jam Recordings
- GOOD Music
- Def Soul
- Desert Storm Records
- The Jones Experience
- Rush Rules Records
- Skull Gang
- Russell Simmons Music Group
- Cash Money Records
- Roc-A-Fella Records
- Get Low Records
- State Property Records
- Motor Music Records
- Island Records
- 4th & B’way Records
- Fallout Records
- Island Urban Records
- Stolen Transmission Records
- Apparent Records
- Lost Highway Records
- So So Def Recordings
- Supermusic
Outras Gravadoras
- Dreamworks Records
- Wind-Up Entertainment
- Polar Records
- Datarecordsuk
Warner
- Atlantic Records
- Banguela Records (já extinta)
- Chantecler
- Continental
- Curb Records
- East West Records
- Elektra Records
- Hollywood Records
- Lava Records
- Maverick Records
- Nonesuch Records
- Rhino Entertainment
- Sire Records
- Warner Bros
- Warner Classics & Jazz
- WEA (Warner, Elektra e Atlantic)
Copacabana, Uma Gravadora Brasileira
Genuinamente brasileira a Discos Copacabana foi fundada pela família Vitale em 1948, no Rio de Janeiro. Na década de 1950 a gravadora transferiu-se para São Bernardo do Campo em São Paulo.
Na década de 1970 foi vendida para os sócios Adiel Macedo de Carvalho, Gunter Csasznik e Rosvaldo Cury, que administraram a gravadora até o início dos anos 1980. Adiel Macedo de Carvalho acabou assumindo o comando da gravadora até o início dos anos 90 com a razão social que você encontra nos Lps como Som Indústria e Comércio S.A.
Nos tempos áureos da gravadora, entre os anos de 70 e 80 a Discos Copacabana chegou a ter mais de 1000 funcionários e operava com os selos Discos Copacabana, Discos Caravele, Discos Beverly, Tapecar Gravações, Som Records e Beverly Som.
O diferencial da gravadora foi o investimento no lançamento de artistas nacionais, enquanto as outras gravadoras preferiam lançar artistas internacionais pelo baixo custo, pois as gravações já se encontravam prontas e era só prensar com o licenciamento do álbum.
Segundo Adiel Macedo de Carvalho, o “atrevimento” era marca registrada da Copacabana. “Investíamos, mas nem sabíamos se o disco iria fazer sucesso. A Copacabana foi pura ousadia empresarial, em uma época diferente onde tudo era caro. Hoje as gravadoras contratam artistas que já são conhecidos, mesmo que regionalmente, naquela época contratávamos sem ninguém conhecer.
Gravou grandes nomes da música brasileira como Abel Ferreira, Abilio Manoel, Agnaldo Rayol, Alan e Aladim, Alceu Valença, Alípio Martins, Angela Maria, As Marcianas, As Melindrosas, Bebeto, Belchior, Beto Barbosa, Carmen Costa, Cesar, Brunetti, Chitãozinho e Xororó, Claudette Soares, Clemilda, Élcio Neves Borges (Barrerito), Eliete Negreiros, Elizeth Cardoso, Elton Medeiros, Francis Dalva, Genival Lacerda, Genival Santos, Geraldo Azevedo, Geraldo Mouzinho e Cachimbinho, Gilberto Barros, Gilberto e Gilmar, Gino e Geno, Golden Boys, Gretchen, Grupo Pau-Brasil, Jackson do Pandeiro, Jair Rodrigues, Jean e Paulo Garfunkel, João Mineiro e Marciano, Jorge Camargo, Lafayette, Leci Brandão, Lindomar Castilho, Liu e Léu, Luiz Gonzaga, Mangabinha, Maria Alcina, Mariza, Maysa, Monjardim, Morris Albert, Nahim, Nelson Ned, Os Atuais, Os Originais do Samba, Ovelha, Paulo Sérgio, Perla, Pery Ribeiro, Pinduca, Raul Seixas, Sandro Becker, Sivuca, Suely Pingo de Ouro, Teodoro e Sampaio, The Jordans, Tim Maia, Tonico & Tinoco, Trio Nordestino, Teixeirinha, Trio Parada Dura, Vania Bastos, Vanusa, Vicente Barreto, Waldick Soriano, Wanderley Cardoso, Wando, Wilson Simonal e Zezé Di Camargo e Luciano.